Primeira Igreja Presbiteriana de Bauru

Categoria: Artigos

Data: 18/05/2025

Texto de Referência

Baseado em 2 Crônicas 15:1-7

Introdução

Neste sermão, refletimos sobre o poder de Deus em resgatar o Seu povo mesmo em meio à dor, idolatria e afastamento. O exemplo do rei Asa, líder que promoveu reformas e reconduziu Judá ao Senhor, revela o agir gracioso de Deus. A mensagem destaca três ações extraordinárias de Deus no processo de resgate: Ele se revela, Ele se relaciona e Ele recompensa. O texto bíblico, situado em um momento de crise e retorno, mostra que Deus continua operando resgates nos dias atuais, por meio de líderes piedosos e corações arrependidos.

Resumo Detalhado

1. Deus se revela

“Veio o Espírito de Deus sobre Asarias [...] e lhe disse: [...] O Senhor está convosco, enquanto vós estáis com ele. Se o buscardes, ele se deixará achar” (v.1-2).
A primeira ação extraordinária de Deus é se revelar ao povo. O profeta Asarias entrega uma mensagem tanto ao rei Asa quanto a todo o povo de Judá e Benjamim. A revelação divina não é apenas uma manifestação ao líder, mas a toda a nação, convocando ao arrependimento e ao retorno ao Senhor. Mesmo diante de um povo idólatra e distante, Deus age para se mostrar. E quando Deus se revela, Ele transforma — nada permanece igual. O povo abandonara a Lei e os sacerdotes, mas o Senhor inicia um processo de restauração, lembrando que buscar a Deus é resultado da graça que nos alcança primeiro.

2. Deus se relaciona

“Mas quando, na sua angústia, eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, foi por eles achado” (v.4).
Além de se revelar, Deus estabelece um relacionamento com o Seu povo. Esse relacionamento exige reciprocidade: Deus se dispõe, mas o povo precisa buscá-lo. O sermão enfatiza que não é possível manter intimidade com Deus apenas com práticas semanais ou superficiais. É preciso cultivar oração, leitura da Palavra e vida piedosa. Cristo é apresentado como o exemplo perfeito de relacionamento com o Pai — obediente, submisso, piedoso. Hoje, por meio de Cristo, temos acesso direto a Deus, e somos convidados a viver com profundidade espiritual, não em superficialidade.

3. Deus recompensa

“Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa” (v.7).
O povo vivia em guerra e caos, despedaçado por conflitos internos. No entanto, Deus recompensa Judá com paz e restauração. A recompensa de Deus não é resultado de mérito humano, mas pura graça. O texto mostra que, mesmo infiéis, ao voltarem-se ao Senhor, o povo recebeu consolo e direção. A recompensa maior é Cristo — o resgate definitivo, o pagamento pelo pecado, a salvação eterna. O chamado é para viver com firmeza, sem retroceder, seguindo a retidão, não para conquistar a salvação, mas como resposta à recompensa já recebida.

Aplicações Práticas

Busque a revelação de Deus todos os dias – Deus se revela àqueles que o buscam. Abra a Palavra, ore, se coloque diante do Senhor com o coração sensível.

Estreite o seu relacionamento com Deus – Relacione-se com profundidade, como quem deseja intimidade verdadeira. Não viva um evangelho raso e semanal.

Viva como quem já recebeu a recompensa – A salvação é a maior dádiva. Viva com gratidão, santidade e zelo, respondendo à graça de Deus com uma vida transformada.

Conclusão

O Deus que resgatou Judá nos dias de Asa é o mesmo que age hoje em favor dos perdidos. Ele se revela, se relaciona e recompensa com misericórdia e graça. Cristo é a expressão máxima desse resgate — o sacrifício perfeito, a dádiva imerecida. Que cada crente seja um agente de resgate, um instrumento como o rei Asa, que aponta para a verdadeira salvação. Que não sejamos líderes apáticos, mas instrumentos vivos do Deus resgatador.

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