Categoria: Artigos
Data: 02/11/2025
Texto de Referência


Marcos 1:16–20 — “Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e André, irmãos, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Um pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco, consertando as redes; e logo os chamou. E eles, deixando no barco seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus.”





Introdução


O pregador iniciou explicando que o texto marca o início da série de mensagens intitulada “Jornada de Discipulado”. Ressaltou que a data, coincidente com o Dia de Finados, servia para uma reflexão espiritual sobre a morte do “eu” — a morte para o mundo e para os próprios desejos, que é a essência do discipulado cristão. Perguntou: “Há quantos anos você já morreu?”, destacando que todo crente é chamado a morrer para si e viver para Cristo. O discipulado começa na morte do velho homem e prossegue até a glorificação. Assim, o tema central da mensagem é o chamado de Jesus para sermos seus discípulos, aprendendo dele e vivendo sob sua direção.





Resumo Detalhado


O chamado de Jesus e o convite à morte para si (Mc 1:16–17)

O pregador explicou que Jesus é quem toma a iniciativa do chamado. Não somos nós que escolhemos segui-lo, mas Ele quem nos chama pessoalmente. O convite de Cristo é, na verdade, um convite para morrer: morrer para o pecado, para a autossuficiência e para o controle da própria vida. O pregador afirmou que muitos resistem ao discipulado, mesmo já sendo crentes, e que essa resistência retarda o crescimento espiritual. Jesus chama pessoas comuns, sem qualificações especiais, assim como chamou pescadores simples, iletrados e frágeis, para demonstrar que a obra é feita pelo poder de Deus. O discipulado começa quando aceitamos o chamado de Jesus, mesmo sem entender tudo, e nos submetemos a ele como o único Mestre que pode ensinar o que é vida verdadeira.




A decisão de deixar tudo por Jesus (Mc 1:18–20)

O segundo ponto abordado foi que o discipulado exige deixar tudo por Cristo. Pedro, André, Tiago e João deixaram redes, barcos e o pai para segui-lo. O pregador explicou que “deixar tudo” não significa abandonar responsabilidades familiares, mas colocar Cristo acima de todas as prioridades. Cada discípulo é chamado a abrir mão de algo: alguns do conforto, outros do controle, do dinheiro, dos sonhos pessoais ou das seguranças terrenas. A renúncia é inevitável para quem segue Jesus. O pregador lembrou que o jovem rico foi incapaz de seguir Cristo porque se apegou às riquezas. Destacou também que muitos pais impedem a vocação dos filhos por medo do sofrimento, esquecendo-se de que o sofrimento faz parte do evangelho e é um dos meios pelos quais Deus amadurece e purifica seu povo. Seguir a Cristo é um privilégio que custa caro, e cada um precisa decidir o que deixará para obedecer ao chamado.




Seguir a Cristo com confiança e sem garantias humanas (Mc 1:17–20)

O terceiro aspecto enfatizado foi que seguir a Cristo requer confiança total, sem garantias ou roteiros prontos. Jesus não apresentou aos discípulos um plano detalhado de viagem, salário, conforto ou segurança. Ele apenas disse “vinde após mim”. O pregador destacou que o discipulado é uma caminhada de fé, semelhante à de Abraão, que seguiu sem saber para onde ia. Deus não revela o futuro, mas conduz passo a passo, exigindo confiança plena. O pregador comparou isso com a tendência moderna de querer garantias em tudo — inclusive nos relacionamentos, decisões e ministérios — e advertiu que quem exige certeza antes de obedecer jamais experimentará a vida abundante. Seguir a Cristo é confiar que Ele sabe o que faz, mesmo quando não entendemos. O chamado continua atual: andar com Cristo, aprender dele e também discipular outros. A verdadeira maturidade cristã se manifesta quando o crente ensina outro a seguir o Senhor, caminhando lado a lado na Palavra e na oração.






Aplicações Práticas


  1. Aceite o convite de Jesus – Ele continua chamando para uma vida de discipulado e entrega total.


  2. Deixe tudo por Cristo – Renuncie o que impede seu crescimento espiritual e coloque o Reino em primeiro lugar.


  3. Siga a Cristo com confiança – Caminhe pela fé, sem exigir garantias, crendo que Deus tem o melhor para sua vida.




Conclusão


O pregador concluiu reafirmando que o discipulado é um processo contínuo de morte e vida. O convite de Jesus é para segui-lo diariamente, deixando o controle e confiando que Ele dirige os passos do seu povo. O discípulo não vive mais para si, mas para aquele que o chamou. Aceitar o convite, deixar tudo e seguir a Cristo é o caminho da verdadeira vida. O Senhor sustenta, guia e transforma seus discípulos até o fim, e nEle está a plena segurança.





Textos Adicionais


  • Mateus 4:18–22 – Relato paralelo do chamado dos primeiros discípulos.

  • João 1:35–42 – O primeiro encontro de André e Simão com Jesus.

  • Lucas 5:1–11 – O chamado de Pedro e o milagre da pesca.

  • Lucas 14:25–33 – O custo do discipulado e a necessidade de renúncia.

  • Filipenses 3:7–8 – Paulo considera tudo perda por causa de Cristo.

  • Gálatas 2:20 – “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”

  • Romanos 12:1–2 – Entregar-se como sacrifício vivo ao Senhor.

  • Hebreus 11:8 – Abraão obedeceu, saindo sem saber para onde ia.

  • João 15:16 – “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi.”

  • Mateus 28:19–20 – O mandamento de fazer discípulos de todas as nações.











Autor: Rev. Marcelo Mata | Resumo: Irineu Neto   |   Visualizações: 176 pessoas
Compartilhar: Facebook Twitter LinkedIn Whatsapp

  • Procurar




Deixe seu comentário